quarta-feira, 16 de março de 2011

Gnomeu e Julieta

 Eu adoro Shrek. Eu sei que a grande maioria dos críticos sempre fala mal do monstrinho verde, mas eu adoro. Quando soube que Gnomeu e Julieta era do mesmo diretor de Shrek 2, Andrew Adamson, fiquei curiosa.
O filme começa com um anão de jardim lendo o prólogo. Logo anuncia "Essa história já foi contada várias vezes". E foi. Quer romance mais explorado que Romeu e Julieta? Porém, há quem diga que na arte nada se cria, tudo se copia - a diferença é acrescentar algo construtivo à narrativa. 

Dois vizinhos não se suportam. Possuem uma briga eterna, tão antiga que ninguém mais lembra como começou. Os respectivos anões de jardim, que ganham vida quando não há humanos algum por perto, compram a briga e também não convivem em harmonia. Entre os dois mundos rivais, Gnomeu e Julieta se apaixonam. O que fazer?

A trilha sonora do filme é curiosa. Elton John embala o romance dos anões de jardim. É bem explorada e desenhada, uma característica, inclusive, dos filmes de Andrew.
A estátua, ranzinza, de Shakespeare aposta em um final trágico para ser bonito. Mas os pequenos enfeites de jardim mostram que com um pouco de esforço todos podem conviver, tragédias à parte. O final é feliz para sempre, como todo conto de fadas que se preze.



Há algum tempo, boas animações têm nos emocionado. Toy Story 3 e Up - Altas aventuras são exemplos de filmes que marcaram não apenas pela excelente montagem, mas pela emoção. Não é o caso de Gnomeu e Julieta. Acho difícil que Andrew consiga, ao menos, repetir o sucesso de Shrek. Porém, há uma beleza evidente no filme. Puro, bem intencionado, com final feliz. Atire a primeira pedra, ou melhor, o primeiro anão de jardim quem jamais se deixou levar por um "era uma vez". Vale a pena apreciar.




Duda Ferraz 

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